A framework to support value construction based on shared mental models’ theory considering the gap of stakeholders’ perceptions of value realization

Abstract

Os projetos são normalmente executados para criar valor econômico e vantagem competitiva para as organizações. Assim, o gerenciamento de projetos tem uma função estratégica, ao mesmo tempo que precisa se adaptar constantemente às mudanças do mercado. O paradigma da Lógica do Serviço Dominante emergiu no marketing, propondo que a criação e cocriação de valor substituísse o valor embutido em produtos físicos. Assim, o valor não é mais entregue através de operações puramente transacionais, mas é realizado através do uso de recursos tangíveis, baseado em relacionamentos mais duradouros com os clientes. A gestão de projetos adaptou-se a esta mudança substituindo o produto pelo valor no centro dos projetos. Como o dificilmente consegue-se mensurar valor objetivamente, uma vez que o valor pode assumir perspectivas tangíveis e intangíveis, cada parte interessada percebe a criação de valor durante a execução do projeto de forma diferente. Da mesma forma, o valor realizado pelo resultado do projeto também é percebido de forma diferente pelas várias partes interessadas. Essas percepções particulares do valor realizado são fundamentadas em modelos mentais individuais, que são característicos do processo cognitivo dos seres humanos. Assim, esta tese adotou a teoria de modelos mentais para explicar como as várias partes interessadas reconhecem o valor realizado pelo resultado do projeto com base em uma escala de sucesso do projeto. A metodologia adaptativa tende a reduzir as diferenças de percepção, promovendo um entendimento comum dos objetivos do projeto entre as principais partes interessadas. No entanto, a metodologia adaptativa não é adequada para todos os tipos de projetos, obrigando a escolha por uma abordagem orientada pelo plano em alguns casos. Como as abordagens orientadas pelo plano normalmente tendem a manter o cliente afastado durante a execução do projeto, as práticas ágeis são introduzidas em uma configuração híbrida, tentando aproximar o cliente e reduzir a distância do valor percebido pelas diferentes partes interessadas. No entanto, as práticas ágeis são normalmente adotadas de forma errática e subjetiva, resultando em falhas. Portanto, um framework é proposto por esta tese com o objetivo de auxiliar os gerentes de projeto a escolher as práticas ágeis mais adequadas, de acordo com as contingências envolvidas no contexto do projeto. A teoria de modelos mentais compartilhados é a base do modelo apresentado.