@MASTERSTHESIS{ 2018:1611442326, title = {Meta-análise de bancos de microarray para avaliação da expressão de indoleamina 2,3-dioxigenase e de genes relacionados à via do receptor de hidrocarboneto de arila em câncer de bexiga}, year = {2018}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2990", abstract = "O câncer de bexiga é uma das neoplasias mais comuns no homem, sendo responsável por alta morbidade e mortalidade, mesmo frente aos clássicos protocolos terapêuticos. A imunoterapia está emergindo como uma estratégia promissora para o tratamento do câncer de bexiga. Dentre as moléculas candidatas está a indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO), uma enzima reconhecida como imunomoduladora desde que foi descrita em placenta protegendo o embrião contra o sistema imune materno. Inibidores químicos da IDO têm sido propostos na área de oncologia para que o escape imunológico dos tumores seja vencido. Sendo o INF-ɤ seu principal indutor, a IDO atua, dentre outros mecanismos, pelo acionamento do receptor de hidrocarboneto de arila (AHR). Contudo, há pouco estudo da IDO em câncer de bexiga e os estudos que investigaram a expressão de IDO em tumores gerais mostram que a enzima está presente na maioria das neoplasias, porém há alta variabilidade entre indivíduos. O objetivo do presente estudo foi analisar a expressão de IDO, INF-ɤ, AHR e CYP1A1 (marcador da ativação do AHR) em espécimes de tecido vesical normal e de tumor de bexiga não-músculo invasivo (CBNMI) e músculo invasivo (CBMI), a fim de verificar a possibilidade da IDO ser apontada como alvo terapêutico neste tipo de neoplasia. A metodologia baseou-se na análise de bancos de dados (séries) de microarray publicados no NCBI (National Center of Biotechnology Information) e viabilizados via GEO Datasets (Gene Expression Omnibus). Para tanto, foi usado o descritor “Bladder cancer”. Em um primeiro momento, foram selecionadas séries que oferecessem análise de tecidos humanos normais para a validação da correlação entre os genes analisados. Em seguida, foram selecionadas séries que oferecessem análise de tecido vesical normal versus câncer de bexiga ou entre CBNMI versus CBMI. De 3.110 séries selecionadas com o descritor “bladder cancer”, 123 eram estudos de microarray e 12 ofereceram as análises de interesse. A análise estatística foi realizada pelo aplicativo GEO2R oferecido pela própria plataforma do GEO Datasets, que usa o método estatístico limma 3.26.8. Análises de correlação e de sobrevida (apenas uma série) foram realizadas pelo programa SPSS versão 22. Como resultados, há correlação positiva entre os genes analisados tratando-se de tecidos normais, tais como placenta, linfonodo e intestino. Das oito séries que ofereceram comparação entre tecido vesical normal e câncer de bexiga, nenhuma apresentou diferença na expressão de IDO, INF-ɤ e CYP1A1. Em apenas uma série houve aumento de AHR em câncer de bexiga. O mesmo perfil foi encontrado comparando-se tecido vesical normal versus CBNMI ou CBMI. Na comparação entre CBNMI e CBMI, houve aumento da expressão de IDO em duas das 8 séries, sendo aumentado o CYP1A1 também em uma delas. Na análise de correlação, em apenas aproximadamente 50% das séries a IDO correlacionou-se com INF-ɤ, AHR e CYP1A1. Houve correlação negativa entre a expressão de IDO e a sobrevida dos pacientes em uma das séries, porém a análise de Kaplan Meier não mostrou diferença entre o grupo com baixa expressão de IDO e o grupo com alta expressão. Os resultados demonstram que a expressão de IDO pode estar aumentada no câncer de bexiga, porém há grande variabilidade entre indivíduos. No câncer de bexiga, a relação entre os genes estudados não se mantém de forma estável como ocorre em tecidos normais. O estudo aponta para a importância da caracterização da via IDO-AHR nos pacientes com câncer de bexiga, a fim de instituir uma imunoterapia personalizada.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Mestrado em Medicina}, note = {Saúde} }