@PHDTHESIS{ 2019:2035776079, title = {Diabetes do tipo II: avaliação de diferentes desfechos relacionados a saúde em pacientes de UTI e ambulatório}, year = {2019}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2292", abstract = "Contextualização: O diabetes tipo 2 (DT2) é uma doença complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O DT2 pode ser responsável por uma disfunção cardiometabólica significativa e redução da qualidade de vida (QV) devido ao seu impacto negativo na capacidade funcional de exercício. O DT2 pode levar à atividade autonômica cardíaca reduzida, acompanhada de comprometimento da função endotelial. Além disso, a hiperglicemia prolongada no DT2 parece ser uma das causas mais importantes para o surgimento de complicações, bem como a necessidade de cirurgias cardiovasculares (CC) e internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O exercício físico parece ser capaz de aumentar a aptidão cardiorrespiratória e melhorar o controle glicêmico, dessa forma tem papel fundamental na prevenção, manejo e tratamento do DT2 e suas complicações associadas. Objetivos: Artigo 1. Comparar a incidência de complicações pós-operatórias (CPO) entre pacientes diabéticos e não diabéticos submetidos a CC. Artigo 2. Realizar uma revisão sistemática e metanálise das publicações de ensaios clínicos randomizados na população de pacientes com DT2 que investigam os efeitos no controle glicêmico e na aptidão física resultantes do treinamento intervalado de alta intensidade (TIAI) ou treinamento combinado (TC) versus treinamento aeróbio contínuo (TAC). Artigo 3. Elaboração de um protocolo de estudo para investigar os efeitos de diferentes tipos de treinamento físico (TIAI e TC) associado à terapia com diodo emissor de luz (LED) no status cardiometabólico, capacidade funcional e QV em pacientes com DT2. Artigo 4. Investigar a associação entre variabilidade da frequência cardíaca (VFC), função endotelial e aptidão física em pacientes com DT2. Métodos: Artigo 1. Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, baseado na análise de 288 prontuários. Foram incluídos pacientes com idade ≥ 18 anos, internados em UTI submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio ou cirurgias vasculares. A população foi dividida entre aqueles com e sem DT2 e, em seguida, foi avaliada a incidência de complicações pós-operatórias entre os grupos. Artigo 2. As pesquisas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE e PEDro. A estratégia de busca PICO foi adotada: P (paciente) = pacientes com DT2; I (intervenção) = TC e TIAI; C (controle) = TAC; O (resultado) = pico de VO2 (pico de consumo de oxigênio) e HbA1c% (hemoglobina glicosilada). Artigo 3. Os participantes serão alocados aleatoriamente em um dos quatro grupos: 1) terapia com LED seguida de TIAI; 2) simulação de terapia por LED (sham) seguida por TIAI; 3) terapia com LED seguida de TC; e 4) simulação de terapia com LED (sham) seguida de TC. O protocolo de treinamento deve ser realizado por 12 semanas, 3 vezes / semana em dias alternados, totalizando 36 sessões de treinamento. Artigo 4. A avaliação da função física foi realizada pelo Shuttle Walking Test (SWT), modulação autonômica cardíaca pela VFC, e a função endotelial foi avaliada pela dilatação mediada por fluxo (DMF) da artéria braquial por meio de imagem ultrassonográfica. Resultados: Artigo 1. Não foi observada diferença significativa em relação às CPO (sangramento, fibrilação atrial, parada cardiorrespiratória e complicações respiratórias) entre os grupos (p> 0,05). Artigo 2. Um total de 10 estudos envolvendo 578 participantes foram incluídos. TC foi mais eficaz que o TAC na melhoria dos níveis de HbA1c (-0.58 [-0.78, -0.38]; Chi2=45.79; Z=5.76 (p<0.00001) e I2=91%, 5 estudos/435 participantes). TIAI foi mais eficaz que o TAC no aumento do VO2 pico (2.56 [1.44, 3.68]; Chi2=12.27; Z=4.49 (p<0.00001) e I2=67%, 5 estudos/143 participantes). Artigo 4. Alguns índices de VFC (SDNN, RMSSD e HF) correlacionaram-se significativamente com a função endotelial em indivíduos com DT2, com valores de R entre 0,51 e 0,57, p <0,05, para todas as relações. Além disso, foi encontrada associação entre a distância percorrida no SWT e o diâmetro basal da artéria braquial, com R=0.59, p<0.05. Conclusão: Artigo 1. O DT2 tem alta taxa de incidência na população de pacientes críticos submetidos a CC, principalmente em idosos. No entanto, neste pequeno estudo analisado retrospectivamente, não houve aumento significativo das CPO relacionadas ao diabetes para pacientes submetidos às CC. Artigo 2. Os presentes dados sugerem que o TC e o TIAI podem ser as modalidades de exercício mais eficientes para melhorar o controle glicêmico e a aptidão física, respectivamente, em pacientes com DT2. Artigo 3. Os resultados deste estudo têm o potencial de fornecer informações importantes sobre os efeitos de diferentes modalidades de treinamento físico associados à terapia com LED, e podem apoiar o uso dessa combinação terapêutica em pacientes com DT2, melhorando sua saúde geral. Artigo 4. Nossos dados demonstram que alguns índices de VFC estão relacionados à DMF, indicando interação entre esses dois sistemas. Além disso, nossos achados sugerem uma correlação entre aptidão física e função endotelial entre os indivíduos com DT2.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação}, note = {Saúde} }