@PHDTHESIS{ 2020:1781691054, title = {Respostas a testes de estresse metabólico, mental e físico em mulheres jovens com histórico familiar de hipertensão arterial e obesidade}, year = {2020}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2750", abstract = "A hipertensão arterial (HAS) é importante causa de morbimortalidade. A hereditariedade é um fator de risco para HAS não modificável, havendo relatos de aumento adicional da pressão arterial e da atividade nervosa simpática muscular em resposta a estímulos fisiológicos mental ou físico em filhos de pais hipertensos. Recentemente, demonstramos que a presença de sobrepeso estava associada a exacerbação do prejuízo autonômico e presença de marcadores de estresse oxidativo em homens com histórico positivo de HAS mesmo na condição de repouso. Apesar destas evidências, vale destacar que amostras do sexo feminino têm sido negligenciadas ou subestimadas em estudos clínicos e experimentais, assim como nos estudos com foco na hereditariedade, apesar da forte tendência a aumento da mortalidade cardiovascular entre as mulheres nos últimos anos. Desta forma, nesta tese foi avaliada a influência do histórico familiar positivo de HAS, associado ou não a sobrepeso/obesidade, nos ajustes cardiovasculares, autonômicos, inflamatórios e de estresse oxidativo a estímulos mental, físico e metabólico em mulheres. Foi realizado um estudo clínico transversal. Foram selecionados 40 sujeitos do sexo feminino, entre 18 a 30 anos, divididos em 4 grupos: grupos com histórico familiar negativo (FNE, n= 09) ou positivo (FHE, n=11) de HAS e eutróficos e grupos com histórico familiar negativo (FNO, n= 09) ou positivo (FHO, n= 11) de HAS com sobrepeso/obesidade. Os sujeitos foram submetidos a três estímulos fisiológicos: 1) Mental, pela aplicação do Stroop-Color Word Test (SCWT); 2) Físico, por meio de exercício isométrico com Hand Grip (HG, 30% carga máxima por 90 segundos) e 3) Metabólico, induzido por ingesta de frutose de forma aguda (30 g de frutose [10%] em 300 ml de água com suco de limão). Foram realizadas avaliações cardiovasculares e autonômicas pré e pós testes; e de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo pré e pós estímulo metabólico. Como resultados, maior pressão arterial sistólica (PAS) e VAR-PAS nos grupos FNO (34,4 ± 9,3 mmHg²) e FHO (37,1 ± 8,3 mmHg²) em relação os grupos eutróficos (FNE- 23,0 ± 7,0 mmHg² e FHE- 22,6 ± 8,8 mmHg²), mas somente o grupo FHO apresentou maior simpático vascular (BF abs da PAS) quando comparado aos grupos eutróficos. Somente os grupos com histórico positivo de hipertensão (FHE e FHO) apresentaram redução da atividade da enzima antioxidante GPx quando comparados aos grupos com histórico negativo de hipertensão (FNE e FNO). Além disso, a associação de fatores (grupo FHO) elevou os valores de estresse nitrosativo (FNO- 0,99 ± 0,47 vs. FNE- 0,44 ± 0,29 e FHE- 0,30 ± 0,19 nmol/mg proteína), bem como de oxidação de proteínas (FHO vs. grupos eutróficos) e da atividade da NADPH oxidase (FHO vs. todos os grupos). As respostas ao estímulo mental no 3º minuto mostraram um aumento da PAS no FHE, FNO e FHO em comparação aos seus respectivos valores basais. Além disso, os grupos FNO e FHO responderam exacerbadamente no 3º minuto para a PAS comparados ao grupo FNE e para a PAD no grupo FHO quando comparado ao grupo FNE. Os grupos FHE, FNO e FHO também apresentaram maior VAR-PAS (FHE- 39,9 ± 10,7; FNO- 41,1 ± 12,9; FHO- 43,0 ± 14,7 vs. FNE- 24,1 ± 9,1 mmHg²) e BF abs PAS em relação ao grupo FNE pós SCWT. No estímulo físico, os resultados mostraram que a FC aumentou exacerbadamente aos 90 segundos de HG nos grupos FNO quando comparado ao grupo FNE, e o grupo FHO em relação aos grupos FNE e FHE. Houve ainda uma resposta exacerbada de aumento da VAR PAS e da BF abs PAS nos grupos FHE e FHO em comparação ao grupo FNE pós HG. Apenas o grupo FHO (6,6 ± 1,3 ms/mmHg) apresentou menor sensibilidade barorreflexa (índice alfa) quando comparado ao grupo FNE (10,3 ± 1,0 ms/mmHg) após o exercício com HG. Já no estímulo metabólico, os resultados evidenciaram maior PAS nos grupos FHE e FHO em comparação ao grupo FNE. O Δ da PAS (pós frutose-basal) foi maior nos grupos com histórico positivo de HAS (FHE- 13,1 ± 7,1 e FHO- 11,0 ± 9,6 vs. FNE- 0,8 ± 6,4 mmHg). A VAR-PAS foi maior nos grupos FHE e FHO comparados ao grupo FNE e todos os grupos aumentaram exacerbadamente a modulação simpática vascular quando comparados 9 ao grupo FNE, mas apenas o grupo FHO teve diminuição do índice alfa (6,9 ± 1,2 ms/mmHg) em relação ao grupo FHE (10,8 ± 2,6 ms/mmHg) no pós frutose. Todos os grupos apresentaram redução da atividade da GPx em relação aos seus valores basais. Os grupos sobrepeso/obesas apresentaram maiores valores de nitritos plasmáticos pós frutose quando comparados aos grupos eutróficos (FNO- 0,89 ± 0,51 e FHO- 0,88 ± 0,14 vs. FNE- 0,33 ± 0,19 e FHE- 0,34 ± 0,11 nmol/mg proteína) e houve aumento da atividade da NADPH oxidase no grupo FHO em relação ao grupo FNE pós frutose. Concluindo, os resultados demonstraram que mulheres adultas jovens com histórico familiar de HAS e sobrepeso/obesidade já apresentavam em condições basais aumento de PAS, dentro da faixa de normalidade, prejuízo da variabilidade da frequência cardíaca e pressão arterial (VFC e VPA), associada a aumento de marcadores de estresse nitrosativo e oxidativo, sendo essas alterações exacerbadas em resposta a manobras de estímulos fisiológicos. No entanto, mulheres eutróficas com histórico positivo de HAS, clinicamente normais em repouso, apresentaram respostas pressórica e da VPA prejudicadas somente quando submetidas a estímulos mental, físico e metabólico, bem como aumento de marcadores de estresse oxidativo após ingesta aguda de frutose. Esses achados sugerem que a avaliação da VFC e da VPA de forma não invasiva possa ser usadas como biomarcador precoce de disfunções associadas ao desenvolvimento da HAS em mulheres, principalmente expostas a fatores de risco genéticos ou ambientais.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Mestrado em Medicina}, note = {Saúde} }