@PHDTHESIS{ 2020:1138011529, title = {Valores de referência da aldosterona e da razão aldosterona/renina para rastreio e diagnóstico de hiperaldosteronismo primário em pacientes com hipertensão arterial resistente}, year = {2020}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2758", abstract = "Introdução: O hiperaldosteronismo primário (HAP) é a principal causa de hipertensão endócrina em pacientes com hipertensão secundária, e é uma condição prevalente em hipertensos resistentes. Para o rastreio de HAP, dosa-se simultaneamente a concentração de aldosterona (A) plasmática com a atividade plasmática da renina (APR) ou com a concentração direta da renina (R), e calcula-se os valores da razão da A/APR ou A/R. De acordo com as diretrizes, os valores que sugerem a presença de HAP na população geral de hipertensos, são: aldosterona>15ng/dL e razão A/APR≥30 ou razão A/R ≥2,5. Para confirmação do HAP, realizam-se testes funcionais, exames de imagem das suprarrenais e, quando disponível, cateterismo das veias suprarrenais para coleta de sangue e dosagens hormonais. Os valores de referência para suspeita e diagnóstico de HP, baseando-se nos critérios apresentados, podem variar em diferentes populações. Poucos estudos avaliaram a razão A/APR e da A/R para rastreio e confirmação de HAP em pacientes hipertensos resistentes, com comorbidades. Objetivos: Determinar os valores de referência da A, da razão A/APR e A/R para suspeita e diagnóstico de HP em pacientes com Hipertensão Arterial Resistente (HAR), usando como base dados do prontuário eletrônico dos pacientes hipertensos atendidos em um serviço terciário. Ainda, pretende-se determinar se existem diferenças nas razões A/APR e da A/R na população masculina e feminina. Métodos: Trata-se da análise retrospectiva de um banco de dados de 6.000 pacientes de ambos os sexos, atendidos no período entre 2008 e 2018 em um serviço ambulatorial especializado. Foram incluídos dados de todos os pacientes que tiveram dosagens simultâneas de A e APR ou R. Foram coletadas variáveis clínicas (idade, sexo, pressão arterial sistólica e diastólica), antropométricas (peso, altura, IMC) e laboratoriais (sódio plasmático e urinário, potássio, ureia, creatinina, glicemia e hemoglobina glicada) e foram calculadas a taxas estimadas de filtração glomerular. Excluíram-se os registros duplicados e dosagens não pareadas da aldosterona e da renina. Foram realizadas análises exploratórias a fim de estabelecer a distribuição de valores médios, mediana e de percentis (2,5 a 97,5%) da A, APR, R, e das razões A/APR e A/R na população geral, masculina e feminina. Comparou-se o perfil clínico-laboratorial entre os sexos e, separou-se os pacientes cujos valores da razão foram suspeitos de HAP. Foram estabelecidos pontos de corte usando a curva ROC. Novos dados foram pesquisados para verificar se houve a realização dos exames confirmatórios de HAP. Um modelo de regressão logística multivariado foi derivado e validado para predizer o diagnóstico de HAP. Resultados: Analisaram-se as informações de 3.268 pacientes, com média de idade de 59,2 anos com (DP= 13,3 anos), idade mínima de 12 e máxima de 96 anos. Observou-se que 59,2% dos pacientes (N=1.934) eram do sexo feminino. Verificou-se que as médias da idade, IMC, PAS, HbA1C e TFG foram significativamente mais elevadas nas mulheres comparadas às dos homens, e um padrão inverso ocorreu com relação aos valores de creatinina, ureia e Na+ urinário. Os valores das médias de aldosterona, APR, A/APR e R foram significativamente maiores nos homens comparados aos das mulheres. A razão da A/R não mostrou diferenças entre os sexos. Um total de 349 pacientes (10,7% do total) apresentou valores de A e da razão A/APR ou razão A/R compatíveis que indicavam suspeita de HAP. Dentre esses pacientes, 67 pacientes foram submetidos a avaliação confirmatória, e se chegou à confirmação de HAP pela presença de adenoma de suprarrenal. Por meio da análise da regressão logística multivariada, obteve-se a curva ROC para as variáveis de interesse. Em nossa população, constatou-se que o ponto de corte com a aldosterona≥13,35 ng/dL e respectivamente os valores da A/APR ≥ 26,88 ou A/R ≥ 2,45 apresentam razão de chance ajustada de 15 e 75 vezes maior de apresentar HAP em relação aos pacientes sem esta condição. Conclusão: Nossos dados demonstram que novos pontos de referência da aldosterona, da razão A/APR e A/R podem ser uma opção conveniente para a mensuração e rastreio do diagnóstico de HAP em uma população de hipertensos resistentes.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Mestrado em Medicina}, note = {Saúde} }