@PHDTHESIS{ 2019:1222747833, title = {Efeitos da exposição à poluição do ar na gestação em ratos normotensos e hipertensos: impacto cardiovascular e neuroimune nas mães e na prole}, year = {2019}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2774", abstract = "Recentemente, estudos têm reforçado a relação da poluição urbana, mais especificamente de material particulado menor do que 2,5 μm (MP2,5), com diferentes tipos de doenças crônicas. No entanto, os mecanismos envolvidos nas disfunções cardiovasculares associadas à exposição à MP ainda são pouco compreendidos. Desta forma, o objetivo desta tese foi avaliar os efeitos cardiovasculares e neuroimunes da exposição diária de MP2,5 durante a gestação em ratos normotensos e hipertensos (Wistar e SHR), assim como os efeitos sobre sua prole. Para isso, essa tese foi dividida em 3 estudos: Estudo 1 – Avaliação de ratas Wistar e SHR gestantes não expostas (grupo WC e SHC) ou expostas à poluição do ar (MP2,5, 600 μg/m3/dia) (WE e SHE) (n=7/cada). No vigésimo dia de gestação foram submetidas a canulação e 24h depois foi feito registro da pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC), eutanásia e coleta do coração para avaliações inflamatórias e estresse oxidativo. Estudo 2 – Avaliação de neonatos das gestantes WC, WE, SHC e SHE após o nascimento. O registro de FC foi feito por eletrocardiograma (n=8) e seguido de eutanásia para coleta do coração para avaliações inflamatórias e estresse oxidativo (n=7, pools c/3 corações cada). Estudo 3 – Avaliação da prole das ratas WC e WE divididos de acordo com o gênero em WC fêmeas e WC machos, e WE fêmeas e WE machos (n=7/cada). Após 60 dias do desmame, foi feita a canulação, registro de PA e FC e eutanásia para coleta do coração para avaliações inflamatórias e estresse oxidativo. No estudo 1 foi possível observar uma redução da sensibilidade barorreflexa e aumento da variância da PA sistólica nas ratas normotensas e hipertensas expostas à poluição do ar quando comparadas com seus respectivos controles. A banda de baixa frequência da PAS estava aumentada adicionalmente no grupo SHE (vs. SHC) (WC: 2,51±0,25, WE: 2,91±0,38, SHC: 6,62±0,35, SHE: 11,74±1,09 ms2). O grupo WE foi o único a apresentar elevação de citocinas inflamatórias em relação ao seu controle. O estresse oxidativo avaliado pela lipoperoxidação e peróxido de hidrogênio estavam aumento nos grupos expostos à poluição do ar em relação aos grupos controles. No entanto, a atividade da enzima NADPH oxidase estava aumentada e o potencial antioxidante não enzimáticos (FRAP) estava reduzido somente no grupo WE em relação aos outros 3 grupos experimentais. No estudo 2, a poluição do ar causou redução da variância do RR somente no grupo WE neonatos (20,35±3,78 ms2) comparado ao WC neonatos (36,90±3,55 ms2). Em relação a inflamação, houve redução da IL-10 no grupo WE neonatos em relação aos controles e aumento no SHE neonatos quando comparado aos outros três grupos. O grupo SHE neonatos apresentou aumento da atividade de NADPH oxidase e redução da atividade da catalase em relação ao grupo SHC neonatos. Já no estudo 3, houve aumento da PA diastólica e média nos grupos WE comparados com seus controles. Os grupos WE também apresentaram redução na sensibilidade barorreflexa, aumento da VarPAS e do balanço simpato-vagal cardíaco (BF/AF- WC fêmeas: 0,29±0,03, WC machos: 0,24±0,03, WE fêmeas: 0,56±0,09, WE machos: 0,47±0,06) comparados aos controles. Em relação a inflamação, houve aumento de IL-6 nos grupos WE e de IL-10 somente no WE fêmea. Concluindo, nossos resultados evidenciam que a exposição à poluição do ar (MP2,5) somente durante a gestação induz disfunção cardiovascular, neuroimune (autonômica e inflamatória) e no perfil de estresse oxidativo cardíaco em genitoras normotensas e hipertensas, assim como em sua prole, desde o nascimento até a vida adulta, o que provavelmente está associado a maior risco cardiovascular.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina – Ciências da Saúde}, note = {Saúde} }