@PHDTHESIS{ 2020:193299736, title = {Empreendedores superando limitações: uma proposta explicativa de como ocorre a rejeição de limitações institucionais segundo a bricolagem empreendedora}, year = {2020}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2896", abstract = "O crescente interesse pelo estudo do empreendedorismo tem dado origem a novas perspectivas teóricas que buscam explicar as ações e a lógica inerentes ao comportamento empreendedor. Uma das recentes perspectivas teóricas é a da bricolagem empreendedora, a qual estuda o empreendedor que lida com a escassez de recursos desde o início de seu empreendimento, fazendo algo com o pouco que tem às mãos (creating something from nothing) e principalmente, que tem a capacidade de rejeitar limitações (refuse to enact limitations) impostas pelo ambiente e comumente aceitas pela sociedade (BAKER; NELSON, 2005). Já que frequentemente tal processo de rejeição de limitações gera importantes contribuições, ele é merecedor de atenção e investigação. Contudo, isso não tem ocorrido no estudo do empreendedorismo quanto à rejeição de limitações institucionais, o que configura uma oportunidade de pesquisa. Assim, apoiando-se na perspectiva da bricolagem empreendedora e usando um de seus pontos centrais que é a rejeição de limitações, esta tese se propõe a contribuir para gerar algumas explicações sobre como ocorre a rejeição de limitações institucionais. Nesta tese, estruturada a partir de estudos múltiplos complementares, o estudo 1, uma revisão da literatura pertinente, possibilitou confirmar a lacuna existente em relação ao estudo de como os empreendedores rejeitam limitações institucionais, em particular, as limitações impostas por empresas parceiras de negócio. Para contribuir no preenchimento desta lacuna teórica, foram realizados dois outros estudos sobre a rejeição de limitações institucionais no contexto da venda direta de cosméticos no Brasil, um mercado que, em 2019, movimentou quase US$ 10 bilhões e deu oportunidade de negócio para quase 4 milhões de pessoas. Nesse relevante contexto, o estudo 2, um estudo qualitativo, serviu para identificar as limitações institucionais impostas a empreendedores por empresas de cosméticos que operam no modelo de vendas diretas. Dirigentes representando quatro dessas empresas foram informantes em entrevistas semiestruturadas e suas respostas permitiram levantar as limitações institucionais que tais empresas impõem a empreendedores que revendem seus produtos. As entrevistas possibilitaram identificar regras de negócio e também outras limitações institucionais colocadas pelas empresas de cosméticos. As entrevistas permitiram levantar também as percepções dos dirigentes sobre processos de rejeição de limitações por parte dos empreendedores para estabelecer e operar uma loja fixa, às vezes revendendo até produtos de diferentes marcas – práticas que subvertem o modelo de vendas diretas. Finalmente, o estudo 3 foi realizado para contribuir no preenchimento da lacuna (confirmada pelo estudo 1) quanto à compreensão de como ocorre a rejeição de limitações institucionais impostas pelas empresas de cosméticos que operam no modelo de venda direta (explicitadas pelo estudo 2). Para o estudo 3, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito empreendedores que, além de rejeitarem outras limitações, rejeitaram as regras de negócio impostas pelas empresas de cosméticos e estabeleceram lojas fixas multimarcas para revender produtos cosméticos. A sequência dos resultados desses três estudos mostra empreendedores rejeitando limitações e apresenta uma proposta explicativa de como ocorre tal rejeição segundo a abordagem da bricolagem empreendedora. Esta tese contribui com o desenvolvimento do estudo do empreendedorismo ao tratar de um tema negligenciado até aqui: como ocorre a rejeição de limitações, tão comum na prática do empreendedorismo. Contribui também com o aprofundamento da pesquisa sobre a bricolagem empreendedora com uma proposta de explicação, empiricamente fundamentada, de como ocorre a rejeição de limitações institucionais. Os empreendedores rejeitam os diferentes tipos de limitação institucional de maneira progressiva e ostensiva: i) fazem parecer que cumprem as regras de negócio, ii) avaliam a atratividade que o negócio representa, iii) estabelecem uma aliança de apoio e proteção com os atores do processo e iv) alimentam-se com um desafio pessoal.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Administração}, note = {Administração} }