@MASTERSTHESIS{ 2017:1124809816, title = {Comportamento cardiorrespiratório durante o exercício em adolescentes obesos}, year = {2017}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3015", abstract = "Introdução. No Brasil, 23% dos adolescentes com idade entre 13 a 17 anos estão com excesso de peso, sendo que 8% são obesos. Crianças e adolescentes obesos potencialmente serão adultos obesos e com maiores chances de desenvolverem doenças cardiometabólicas. O comportamento cardiorrespiratório durante o teste de esforço cardiopulmonar (TECP) fornece informações sobre a saúde cardiovascular, auxiliando em sua manutenção, que pode ser comprometida pela obesidade. Objetivo: Testar a hipótese que adolescentes obesos, aparentemente saudáveis, apresentam diminuição da capacidade funcional em cargas máximas (VO2 pico) e submáximas (VO2 aos 50% do tempo total do teste e Oxygen Uptake Efficiency Slope, OUES) e respostas prejudicadas da frequência cardíaca (FC) e da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) durante o exercício e na recuperação do TECP. Métodos. Foram estudados 18 adolescentes obesos (AO; +2 Z-Score da OMS; 14,2±0,3 anos, 98,0±4,6 kg) de 12 a 17 anos, pós púberes, sedentários, que não estavam engajados em tratamento dietético ou medicamentoso, comparados a 11 adolescentes eutróficos (AE; 14,9±0,9 anos, 55,0±3,2 kg) pareados por sexo. Foram avaliados a PA clínica, o perfil metabólico e o comportamento cardiorrespiratório durante o TECP. Resultados. O grupo AO apresentou maior circunferência abdominal e maior quantidade e proporção de gordura corporal que o grupo AE. Além disso, AO teve maior PAS e PAD e maiores níveis de triglicérides e LDL-c e menores níveis de HDL-c que AE. No TECP, o grupo AO apresentou valores diminuídos em relação ao grupo AE no VO2 pico (24,8±1,3 vs. 30,3±2,8 ml/kg/min; P=0,05) e na % do VO2 pico atingido em relação ao VO2 predito (56,4±3,5 vs. 70,3±4,9%; P=0,04). Não houve diferença no OUES entre os grupos. Durante o TECP houve diferenças na FC apenas em 50% do VO2 pico, momento em que o grupo AO teve maior FC comparado com AE (143±4,2 vs. 129±5,4 bpm, P=0,04). No grupo AO, foram encontrados valores mais altos de PAS no repouso, pico, 1º, 2º e 6º min de recuperação, enquanto que a PAD só se mostrou maior nos 2º e 4º minutos da recuperação comparado com o grupo AE. Adicionalmente, houve tendência a maior ventilação minuto (VEpico) no pico do esforço no AO (78,1±4,1 vs. 63,3±5,6 L/min, P=0,06) e não houve diferença na VE aos 50% do VO2 pico (26,3±1,6 vs. 22,7±3,1 L/min, P= 0,374). Não houve diferença entre os grupos no quociente respiratório (QR) máximo e na FC máxima. Quanto ao desempenho físico, o grupo AO apresentou menor tempo total de exercício (8,0±0,3 vs. 9,3±0,8 min, P=0,04), menor velocidade (7,3±0,1 vs. 8,0±0,4 km/h, P=0,05) e menor inclinação no pico de esforço (6,2±0,5 vs. 8,4±1,1 %, P=0,03) comparado ao AE. Conclusão. A obesidade na adolescência desencadeia alterações metabólicas, favorecendo o surgimento da síndrome metabólica, dentre essas alterações, vale ressaltar valores reduzidos de VO2 pico, o aumento das respostas pressóricas no pico do exercício e menor queda da pressão arterial sistólica e diastólica na recuperação pós-esforço máximo, sugerindo assim uma possível disfunção no balanço simpato-vagal.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Mestrado em Medicina}, note = {Saúde} }