@PHDTHESIS{ 2022:1674624466, title = {Retratos da vida danificada: contexto, cultura: e cotidiano na trajetória escolar de pessoas com deficiência}, year = {2022}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3065", abstract = "Esta pesquisa versa sobre a educação inclusiva. A questão mais geral que se coloca é: em que aspectos é necessário avançar rumo a uma educação inclusiva, quando ainda se observa uma cultura estereotipada e permeada por velhos preconceitos, mesmo num contexto de décadas de avanço científico em relação a concepções educacionais, de saúde e políticas públicas, num cotidiano marcado por práticas regressivas de invisibilização para as pessoas com deficiência? Com base nessa questão, definimos o foco da pesquisa nas políticas educacionais, do ponto de vista da legislação, normas e documentos oficiais, indagando sob quais concepções elas têm se balizado. E, com base, também, na identificação dos avanços nas políticas públicas, no financiamento e na qualificação dos profissionais, quais são as questões que se colocam, ainda, como desafio para que a educação seja de fato, inclusiva e emancipatória? A principal hipótese para responder a esse conjunto de questões é a de que, ainda que haja avanços importantes nas últimas décadas, há uma prevalência cultural de estereótipos e preconceitos que mantêm estigmas sobre as pessoas com deficiência, dificultando sua efetiva inclusão na escola e na sociedade. O objetivo geral é compreender como se tem se dado a inclusão das pessoas com deficiência no ensino regular, com base nas políticas públicas educacionais que avançam ou se mantêm regredidas, no Brasil, em especial nos últimos 25 anos, levando em consideração os contextos, as culturas e os cotidianos dessas pessoas. Os objetivos específicos são: 1. Identificar a legislação vigente que define a escolarização das pessoas com deficiência numa perspectiva inclusiva; 2. analisar como as políticas educacionais impactam a vida das pessoas com deficiência, em especial a população com múltiplas vulnerabilidades, à luz da Teoria Crítica de Frankfurt; 3. Identificar o que avança e o que se mantém regredido na realidade das práticas sociais, em direção a uma educação inclusiva emancipatória. Utilizando a dialética negativa como método de análise, a pesquisa empírica envolve a narrativa da pesquisadora sobre as trajetórias escolares de 12 pessoas com deficiência, com diferentes idades, retratando vidas danificadas pela insuficiência de políticas públicas ou pela dificuldade de acesso às políticas existentes. O estudo revela que, mesmo as políticas públicas, de cariz progressista, que vinham avançando nas últimas duas décadas, na perspectiva da educação inclusiva, encontram-se alicerçadas numa sociedade capitalista neoliberal, que invisibiliza e coisifica as pessoas que não se adequam aos ditames do mercado. Revela, também que, sob a égide recente de governos conservadores, à extrema direita, volta a ganhar força o discurso segregador das instituições especializadas e das classes especiais, aspectos que fazem regredir os avanços alcançados. Considerando que a principal preocupação da escola deveria ser a promoção de uma educação humanizada e emancipatória, a pessoa com deficiência coloca a escola frente a questões que precisa enfrentar, em suas bases mais profundas, no que se refere à inclusão e em prol da superação da barbárie excludente do modelo de sociedade vigente.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Educação} }