@PHDTHESIS{ 2021:1285316785, title = {Repercussões do hipotireoidismo tratado com levotiroxina sódica sobre o assoalho pélvico e a função vesical feminina: avaliação clínica e urodinâmica}, year = {2021}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3323", abstract = "Disfunções do assoalho pélvico e doenças tiroidianas são prevalentes em mulheres. Estudos clínicos e fisiopatológicos demonstram correlação entre hipertiroidismo e hipotiroidismo e disfunções do trato urinário inferior tais como urgência, incontinência urinária (IU), alterações do fluxo urinário, da capacidade e sensibilidade vesical, da ativação da musculatura perineal, entre outros, alterações reversíveis com tratamento das tiroidopatias. Considerando-se a hipótese da influência da função tiroidiana sobre o assoalho pélvico e trato urinário inferior feminino, analisamos retrospectivamente dados de 397 urodinâmicas de mulheres adultas. Estudo aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa. Considerado intervalo de confiança de 95% e nível de significância estatística de 5%. Hipertiroidismo foi referido por 1 participante, não sendo enfocado neste estudo. A mediana da idade foi de 69 anos (62-75) e a prevalência do hipotiroidismo em mulheres com e sem prolapso genital foi de 24,4% e 31,9%, ambas significativamente superiores às prevalências da população feminina brasileira. A avaliação urodinâmica de participantes com prolapso confirmou sua associação aos fatores risco: idade, menopausa, número total de partos e partos vaginais, e a uma ampla gama de sintomas do trato urinário inferior – “LUTS” e achados urodinâmicos, apesar de taxas semelhantes de hipotiroidismo os grupos. Como o prolapso genital determinou, per si, deterioração da função urinária, as análises acerca da influência do hipotiroidismo em tratamento sobre a função vesical foram realizadas nas participantes sem prolapso. Maior prevalência de cirurgias prévias para correção de prolapsos genitais foi associada ao hipotiroidismo (p<0,01), reforçando a correlação. Participantes com hipotiroidismo eram significativamente mais velhas, tinham maior IMC e mais comorbidades (Diabetes, dislipidemia e uso de AAS). LUTS e parâmetros urodinâmicos foram semelhantes entre os grupos, exceto pela maior prevalência de IU insensível nas eutiroidianas. Regressão logística binária para buscar “marcadores” do hipotiroidismo nesta população, evidenciou razão de chances positiva para IMC e cirurgias prévias para prolapso e negativa para resíduo pós-miccional (> 100ml). Análise por rede neural artificial encontrou área sob a curva de 0,926 na predição do hipotiroidismo, com idade, valores de ICIQ-SF e intervalo entre micções com importâncias normalizadas maiores que 80% e pressão do detrusor no fluxo máximo com 79,3%. Valores mais altos de TSH em pacientes com hipotiroidismo em tratamento se associaram a hesitância e curva miccional anormal. Desta forma, considerando-se que o diagnóstico das disfunções tiroidianas é bem estabelecido e acessível, assim como sua terapia, e que o tratamento das tiroidopatias pode, virtualmente, reestabelecer as disfunções vesicais decorrentes das alterações tiroidianas, sugerimos sua investigação em pacientes com LUTS. Por outro lado, alguns LUTS e achados urodinâmicos podem persistir apesar de tratamento tiroidiano, então LUTS poderiam indicar tiroidopatias. Estudos prospectivos são necessários para maior elucidação da correlação entre funções tiroidiana e vesical femininas.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Mestrado em Medicina}, note = {Saúde} }