@MASTERSTHESIS{ 2024:1704058598, title = {Avaliação do efeito do carvedilol sobre o remodelamento reverso cardíaco através de medidas morfo funcionais em cardiomiopatia hipertensiva}, year = {2024}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3327", abstract = "O remodelamento cardíaco (RC) associado à HAS culmina com modificações da forma, geometria, composição e função cardíacas, o que compõe a cardiomiopatia hipertensiva. Essas modificações decorrem da sobrecarga hemodinâmica do coração associada à isquemia cardíaca e envolvem, ainda, alterações neuro-humorais e ação de citocinas inflamatórias. A cardiomiopatia hipertensiva manifesta-se como insuficiência cardíaca (IC), hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE), arritmias cardíacas e isquemia miocárdica. O carvedilol é um beta bloqueador com atividade antirremodelamento. O objetivo desse estudo foi avaliar o resultado do uso de carvedilol por tempo ≥ seis meses em pacientes em tratamento para hipertensão arterial, incluindo um inibidor do eixo renina-angiotensina-aldosterona, com fração de ejeção (FE) < 55%. Realizamos a revisão de prontuários de 98 pacientes acima de 18 anos, acompanhados entre 2003 a 2013 no Instituto do Coração de São Paulo (InCor). O estudo atual mensurou o remodelamento reverso utilizando ecoDopplercardiograma bidimensional para avaliar a FE pós tratamento. Consideramos como indício de remodelamento reverso qualquer aumento da FE. Variáveis hemodinâmicas, laboratoriais e demográficas também foram analisadas pré e pós-tratamento. A amostra era composta na maioria por homens, predominantemente brancos, com mediana de idade de 55 anos e metade deles apresentava sobrepeso. De acordo com teste de Wilcoxon para amostras pareadas, após o tratamento houve aumento significante da FE (p<0,001), sendo que a sua mediana subiu 11 pontos. Quase 70% da amostra se beneficiou do uso do carvedilol. Houve redução significante do diâmetro diastólico de VE, DDFVE (p=0,001); do diâmetro sistólico de VE, DSFVE (p=0,001); do índice de massa cardíaca, CI (p=0,001); pressão arterial sistólica, PAS (p=0,004); pressão arterial diastólica, PAD, (p<0,001); pressão arterial média, PAM (p<0,001); frequencia cardíaca, FC (p<0,001); também houve aumento significante, mas discreto da glicemia (p=0,036) e do índice de massa corpóreo, IMC (p=0,03). Considerando significância de 5%, apenas a variável FE apresentava diferença no pré-tratamento, comparando o grupo que melhorou com o que não melhorou via teste de Mann Whitney para amostras independentes (p=0,001). Nessa comparação, o grupo que melhorou apresentava mediana de FE= 34% contra a mediana de 45% do grupo que não melhorou. Melhorar a FE se associou à redução do risco de óbito em 6 vezes, de acordo com o teste exato de Fisher (RR=5,7, p=0,02). Pela curva de Kaplan-Meier, a sobrevida ao final de 10 anos foi de 95% no grupo melhorado e 57 % no grupo cuja FE não melhorou (p=0,009). Concluímos que o carvedilol favoreceu a redução da pressão arterial, da FC, das dimensões cardíacas e melhorou a FE de pacientes com cardiomiopatia hipertensiva. Essas modificações pós tratamento tiveram impacto positivo na sobrevida, mas ocorreram paralelamente à piora do IMC e glicemia.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Mestrado em Medicina}, note = {Saúde} }