@PHDTHESIS{ 2023:401137742, title = {Solução de conflitos empresariais: uma nova perspectiva}, year = {2023}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3440", abstract = "A tese tem por objeto e como pano de fundo a análise e reflexão sobre a existência de técnicas ou formas de resolver conflitos típicas de comunidades fechadas (como as universitárias do estado de São Paulo), e muitas vezes, minoritárias e marginalizadas (rurais do estado de Roraima e ribeirinhas do estado de Rondônia), e como pode se dar sua aplicação à empresa. A metodologia é qualitativa indutiva, com base em estudos de caso, a partir do diagnóstico das comunidades investigadas e de indicadores subjetivos (declaratórios), com a utilização de entrevistas abertas (roteiro). A hipótese de partida é a de que, diante da dimensão continental de nosso país, existem técnicas ou formas de solução de conflitos, tipicamente locais, mais assemelhadas àquela que conhecemos como negociação, que se reconhecidas e divulgadas, podem agregar valor ao sistema de solução e conflitos, como um todo, e impactar, inclusive, na resolução daqueles ocorridos no âmbito das empresas - que nada obstante não se qualifiquem como comunidades, no sentido sociológico, por apresentarem hierarquia rígida, organizam-se como grupos de indivíduos com propósito, identidade e valores comuns -, contribuindo para a pacificação social e para a consequente redução da litigiosidade, com a atração de investimentos. No desenrolar da pesquisa, o que se conclui é que essas formas de solução de conflitos tipicamente locais ou comunitárias, apesar de se assemelharem, em alguns pontos, não se caracterizam, nem como negociação, nem como qualquer outro método de solução de conflitos, tal como definidos nas leis e objeto de estudo na academia, apresentando método singular e característico, com procedimento e técnicas próprias. Inicia-se o trabalho com a contextualização da empresa na modernidade e a caracterização das comunidades objeto da pesquisa, fazendo-se uma digressão sobre o conflito na empresa e a conceituação dos métodos usuais de solução, presentes em nossa legislação, com destaque para a negociação. Na sequência, adentra-se na organização das comunidades pesquisadas, e nas formas próprias e reconhecidas pelos seus integrantes para a solução de conflitos. Parte-se, então, para a reflexão de como a utilização dessas formas de resolver conflitos tipicamente locais pode contribuir para o acesso à “justiça” na conceituação mais ampla e para a consequente pacificação social; constatando-se que o significado de “justiça” para as comunidades estudadas é diverso, não se limitando à solução de conflitos, que costumam ser resolvidos no âmbito da própria comunidade por mecanismos próprios, que integram seu “sistema de justiça”, mas indo além, englobando aspectos sociais e de cidadania. Na pesquisa de campo, apresentam-se três conflitos, solucionados por meio de mecanismos peculiares das “comunidades” investigadas, que se optou por chamar, genericamente, de método coletivo dialogal de solução de conflitos, com procedimento e técnicas assemelhados aos da “negociação coletiva dialogal”, que são descritos. Ao final, conclui-se que, caracterizando-se a empresa como grupo de indivíduos com propósito, identidade e valores comuns, tal método pode se aplicar a ela, na perspectiva de sistema multiportas, sendo que seu reconhecimento e divulgação, em muito, podem contribuir para a solução de conflitos empresariais e para o desenvolvimento do sistema de solução de conflitos brasileiro como um todo, atraindo investimentos ao país; o que acaba por confirmar a hipótese levantada.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Direito}, note = {Direito} }