@MASTERSTHESIS{ 2017:634752008, title = {Influência da distribuição de gordura no controle autonômico de mulheres obesas}, year = {2017}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3825", abstract = "Fundamento: A obesidade causa alterações negativas no controle autonômico com efeito adverso no risco cardiovascular. A relação entre obesidade e disfunção autonômica parece ser dependente da distribuição da gordura corporal. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi investigar a influência da distribuição da gordura corporal, central ou periférica, no balanço simpato-vagal cardíaco e no comportamento da FC durante o TECP de mulheres jovens obesas. Métodos: Foram estudadas 49 mulheres obesas (IMC 30 a 40 kg/m2 e CA ≥88cm) com idade entre 20 e 42 anos, divididas em dois grupos conforme o limite de risco da relação cintura quadril (RCQ): gordura central com RCQ ≥0,85 (GC, n=26, 34±1,4 anos) e gordura periférica com RCQ <0,85 (GP, n=23, 33±1,4 anos). Um grupo de mulheres eutróficas com IMC entre 18,5 a 24,9 kg/m2 (controle, n=12, 29±1,2 anos) também foram estudadas. As voluntárias foram submetidas a avaliação antropométrica, de composição corporal (bioimpedância) e clínica para obtenção dos indicadores de obesidade e saúde. Foi realizado teste de esforço cardiopulmonar (TECP) para avaliação do comportamento da FC nas fases de repouso, exercício e recuperação, e registrado 10 min da FC no repouso para as análises da variabilidade da FC no domínio do tempo e da frequência. Resultados: Os 3 grupos estudados foram semelhantes na idade, pressão arterial (PA) sistólica clínica, colesterol total, VLDL, LDL, glicemia de jejum e hemoglobina glicada. Como esperado, GC e GP apresentaram maiores valores de peso, IMC, circunferência abdominal (CA), RCQ, porcentagem de massa gorda, além de maiores níveis de triglicérides e menores valores de percentual de massa magra e HDL-c quando comparado ao controle. Apesar do peso corporal semelhante nos grupos GC e GP, GC apresentou maior CA que GP e controle (107 [103 - 111]; 101 [97 - 105] e 72 [66 - 73] cm, respectivamente; p<0,001). Além disso, apenas GC teve maior PA diastólica clínica que o controle (85 [80 - 90], 80 [70- 90] e 70 [70 - 80]; p=0,017). Em relação as respostas metabólicas e ventilatória no TECP, GC e GP apresentaram valores reduzidos de consumo de oxigênio (VO2) no limiar ventilatório 1 (LV1), no limiar ventilatório 2 (LV2), no esforço máximo (VO2 pico), porcentagem do VO2 pico em relação ao predito para idade, assim como no quociente respiratório no esforço máximo (QR máx. = VCO2/VO2) quando comparado ao controle (p<0,05). Quando observado a resposta cronotrópica do TECP, os grupos de mulheres obesas, independente da distribuição de gordura, apresentaram valores significativamente reduzidos na FC no LV2 e na FC reserva (FC pico – FC repouso) quando comparado ao controle. O grupo GC (RCQ ≥0,85) apresentou recuperação mais atenuada da FC no 1° minuto de recuperação quando comparado ao grupo GP. Todos os grupos apresentaram valores elevados no balanço simpato-vagal. Verificou-se correlação positiva do IMC com a banda espectral de baixa frequência (r=0,32, p=0,040) e com a razão baixa/alta frequência (r =0,32, p=0,040), e negativa IMC com a banda espectral alta frequência (r= -0,32, p=0,040). Conclusão: Mulheres jovens obesas apresentam prejuízos no balanço simpato-vagal observado pela FC de reserva no TECP. A distribuição central de gordura potencializa o comprometimento da função autonômica vagal, caracterizada pelo o declínio atenuado da FC no 1° minuto de recuperação no TECP.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina – Ciências da Saúde}, note = {Saúde} }