@MASTERSTHESIS{ 2014:347470185, title = {Concepções de criança na educação infantil de 0 a 4 anos: a relação entre os discursos e as práticas docentes}, year = {2014}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/tede/handle/tede/790", abstract = "O objetivo desta pesquisa foi analisar as concepções de criança presentes nos discursos e nas práticas pedagógicas de docentes que atuam em um Centro de Educação Infantil (CEI), administrado diretamente pela rede pública do Município de São Paulo e localizado na Zona Leste de São Paulo. Para tal, construiu-se, como instrumento de coleta de dados, um questionário aplicado a 12 professoras; além disso, a análise observou diretamente a prática docente de duas professoras de crianças de 4 anos. Como contribuição à pesquisa, foram abordados os estudos de Contreras (2012), Corsaro (2011), Sarmento (2009) e Freire (1997), no sentido de compreender as relações do professor de educação infantil no processo de ensino-aprendizagem de crianças de 0 a 4 anos. Identificou-se que as professoras, em sua maioria, têm uma prática intuitiva, pouco fundamentada em teorias da educação, tomando como base experiências vivenciadas no cotidiano; realizam atividades que pouco potencializam oportunidades de aprendizagens significativas para as crianças, por exemplo: uso restrito de espaços e materiais; permanência por longo período de tempo na sala de aula; a observação que as professoras fazem com relação à criança não ocorre no sentido de mediar e intervir, estando meramente atentas a comportamentos. Constata-se que predomina no fazer docente a preocupação com o controle disciplinar e com o cuidado da criança apenas na dimensão da higiene, da alimentação e do sono. A dimensão pedagógica exercida com intencionalidade fica comprometida, uma vez que a formação e a prática das professoras não oportunizam a elas o saber-fazer que permitiria criar situações de aprendizagem para o desenvolvimento da autonomia das crianças como algo indispensável na sua formação de sujeito autônomo e crítico, que sabe usufruir de seus direitos e exercer seus deveres. Além desta prática aqui denominada como intuitiva, verificou-se que o discurso docente é permeado de conceitos que não são objeto de reflexão individual e/ou coletiva e de jargões oriundos da formação inicial e continuada, os quais têm sentido mais repetitivo que reflexivo no saber-fazer docente. Assim, conclui-se com esta pesquisa que a formação e a prática não garantem a apropriação crítica e reflexiva a respeito das reais necessidades das crianças. Para mudar este panorama e instituir uma educação de qualidade à primeira infância, a formação continuada do professor, nos espaços de formação coletiva da escola, necessita ser compreendida e exercida como um instrumento de reflexão que priorize a relação teoria e prática, de forma que o professor se reconheça como um trabalhador intelectual crítico.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Mestrado em Gestão e Práticas Educacionais}, note = {Educação} }