@PHDTHESIS{ 2017:1469585406, title = {O senhor oculto: racismo nos materiais didáticos de história no ensino médio}, year = {2017}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/1714", abstract = "A pesquisa que resultou nesta tese teve como tema o racismo arraigado no currículo de História do Brasil e como objeto a análise dos efeitos da aplicação da Lei n.º 10.639/03 nos livros didáticos de História para o Ensino Médio bem como nas práticas dos professores dessa disciplina nesse curso. Pretendeu-se verificar se os componentes históricos das matrizes curriculares carregados de denotações ou de conotações racistas foram reformulados, alterados ou até mesmo banidos após a implantação da Lei n.º 10.639/03. As principais questões são: i) Por que a proposta curricular de História do Estado de São Paulo continua a abordar a História do Brasil a partir da periodização da colonização europeia? ii) Considerando que a educação é um dos principais instrumentos de reprodução/alteração das relações e das estruturas sociais, por que a historiografia estampada nos livros didáticos de História ainda apresenta-se racista? As hipóteses defendidas são: iii) Inserir História Africana e Afro-brasileira no currículo escolar sem modificar o enfoque e a periodização com que a História do Brasil é apresentada, promove a manutenção das mentes branqueadas e do status quo defendido pelas instituições governamentais. iv) Os livros didáticos velam a discriminação a partir dos seus conteúdos ditos progressistas justificando, assim, a exploração e a desvalorização da população negra. Desse modo, o problema central é que, apesar da mudança nos conteúdos curriculares, a História do Brasil continua a ser narrada com a imposição da visão de mundo da minoria branca e rica, da classe dominante, que tenta domesticar as mentes dos membros das classes dominadas/exploradas. Para a realização desta tese foram trabalhadas, como categorias principais, conscientização/alienação e colonialidade/racialidade tendo como aportes teóricos Paulo Freire e Aníbal Quijano. A tese que se defende é a de que, apesar dos avanços no ensino de história e cultura afro-brasileira, a partir da promulgação da referida Lei, a racialidade do saber, presente na historiografia didática, não permite superar a perspectiva temporal da história que situa o negro como inferior. Perpetua, assim, pela classe opressora que se julga branca, o racismo e busca legitimar a exploração da classe oprimida constituída, predominantemente, por pretos e pardos.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Educação} }