@PHDTHESIS{ 2016:504285709, title = {Efeitos do treinamento físico na cardiomiopatia e neuropatia autonômica associadas ao diabetes tipo 2 em fêmeas}, year = {2016}, url = "http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/1837", abstract = "Pacientes diabéticos frequentemente apresentam cardiomiopatia e neuropatia autonômica, que aumentam risco de mortalidade. Por outro lado, o treinamento físico vem sendo sugerido como uma ferramenta não-farmacológica na prevenção e tratamento do diabetes tipo 2. Porém, são escassos os estudos que avaliaram os efeitos dos três tipos de treinamento físico, aeróbio, resistido ou combinado, principalmente no sexo feminino, na cardiopatia e neuropatia diabética. Dessa forma o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento físico sobre as alterações cardíacas e autonômicas em camundongos fêmeas com um modelo de diabetes tipo 2 associado ou não ao infarto do miocárdio. Para melhor compreensão e análise dos dados, dividimos a tese em três protocolos com objetivos específicos: 1) descrever o uso da plataforma de ECG acoplado ao aparelho de ecocardiograma para aquisição dos sinais cardíacos usados na análise da variabilidade da frequência cardíaca em camundongos treinados e sedentários (Protocolo 1); 2) analisar os efeitos de três tipos de treinamento físico (aeróbio, resistido e combinado) sobre parâmetros de função cardíaca e autonômica em camundongos fêmeas ob/ob, um modelo de diabetes tipo 2 (Protocolo 2); 3) avaliar os efeitos do treinamento físico aeróbio sobre parâmetros de função cardíaca, autonômicos, de estresse oxidativo e de inflamação em camundongos fêmeas ob/ob submetido ao infarto do miocárdio (IM) (Protocolo 3). No protocolo 1, foi descrita uma nova abordagem para aquisição do intervalo RR em camundongos para a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) utilizando a aparelho de ecocardiograma. Este método foi testado em camundongos sedentários e submetidos à treinamento físico em roda (8 semanas) comprovando-se a melhora da função cardíaca e da modulação autonômica no grupo treinado. No protocolo 2, os animais ob/ob (grupo O) apresentaram aumento adicional de peso corporal, hiperglicemia, intolerância à glicose, redução da modulação simpática e vagal e prejuízo em parâmetros de função diastólica em relação a animais controles (grupo C), evidenciando o desenvolvimento de cardiomiopatia e neuropatia autonômica diabética. Os animais submetidos ao treinamento aeróbio (grupo OTA, esteira: 40-60% teste máximo, 8 semanas) e combinado (grupo OTC, esteira+escada em dias alternados: 40-60% capacidade máxima, 8 semanas) apresentaram melhora da função diastólica e global cardíaca (Índice de performance miocárdica (MPI) - C: 0,48±0,01; O: 0,59±0,04; OTA: 0,37±0,02; OTR: 0,51±0,05; OTC: 0,33±0,02) em relação aos grupos O e treinado resistido (OTR). Foi observada melhora da VFC no grupo OTA em relação aos demais grupos ob/ob (Modulação vagal cardíaca (AF) - O: 12±3; OTA: 20±6; OTR: 9±3; OTC: 7±2 ms2). Foram observadas correlações entre a melhora da modulação vagal cardíaca com a atenuação da disfunção ventricular. Além disto, os três tipos de treinamento físico atenuaram o ganho de peso corporal nos animais obesos, além de reduzirem a glicemia e a intolerância à glicose. No protocolo 3, o infarto do miocárdio (grupo OIS) promoveu redução da capacidade de exercício, da função cardíaca (Fração de ejeção- O: 68,0±2,0 vs. OIS: 49,5±4,8 %) e da VFC (RMSSD- O: 5,9±0,7 vs. OIS: 0,7±01 ms; SD1- O: 4,2±0,5 vs. OIS: 0,5±0,1 ms; SD2 - O: 13,6±2,1 vs. OIS: 2,0±7,5 ms) um perfil pró inflamatório (aumento de IL-17 e redução de IL-10) e aumento de estresse oxidativo (Lipoperoxidação- O: 2,92±0,37 vs. OIS: 6,53±1,05 µmoles/mg proteína; Oxidação de proteínas- O: 8,46±0,61 vs. OIS: 13,02±1,20 nmol/mg proteína) em camundongos fêmeas ob/ob. Por outro lado, o treinamento físico aeróbio (esteira: 40-60% teste máximo, 4 semanas) pós IM em fêmeas ob/ob, apesar de não modificar a função cardíaca, melhorou a capacidade de exercício, bem como a VFC (RMSSD- 2,8±0,7 ms; SD1- 2,0±0,5 ms; SD2 - 7,5±1,2 ms), o perfil inflamatório (redução de IL-17 e aumento de IL-10) e de estresse oxidativo (Lipoperoxidação- 4,18±0,3 µmoles/mg proteína; Oxidação de proteínas- 10,18±0,55 nmol/mg proteína). Concluindo, os resultados evidenciam que mesmo antes do estabelecimento de hiperglicemia severa, o desenvolvimento do diabetes tipo 2 em fêmeas ob/ob está associado a disfunções cardíacas e autonômicas, que são atenuadas pelo treinamento físico resistido, mas principalmente pelo aeróbio ou combinado. Além disto, o infarto do miocárdio está associado à exacerbação da cardiomiopatia e neuropatia autonômica diabética em fêmeas, tendo o treinamento físico aeróbio um papel benéfico na modulação autonômica, na inflamação e no estresse oxidativo cardíaco nessa condição. Em conjunto, nossos achados reforçam o importante papel do treinamento físico no manejo das disfunções cardíacas e autonômicas associadas as complicações do diabetes tipo 2 no sexo feminino.", publisher = {Universidade Nove de Julho}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação}, note = {Saúde} }