Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/1126
Tipo do documento: Dissertação
Título: Eventos adversos causados por falhas gerenciais de comunicação em unidade de terapia intensiva
Título(s) alternativo(s): Adverse events caused by management failure communication In intensive care unit
Autor: Quitério, Lígia Maria 
Primeiro orientador: Novaretti, Marcia Cristina Zago
Primeiro membro da banca: Tibério, Iolanda de Fátima Lopes Calvo
Segundo membro da banca: Ferraz, Renato Ribeiro Nogueira
Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar os incidentes de segurança que podem estar associados a falhas gerenciais de comunicação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com o propósito de fornecer informações para desenvolver estratégias para aumentar a segurança do paciente e aprimorar a qualidade de assistência à saúde. É um estudo empírico, retrospectivo de natureza descritiva, realizado por meio de pesquisa documental, bibliográfica e pesquisa-ação, com abordagem quantitativa e qualitativa do problema. O período de estudo foi de 25 de maio a 25 de agosto de 2009, com uma população de 202 admissões de pacientes internados em UTIs de um hospital público, terciário, de São Paulo. Foram identificados 999 incidentes de segurança e analisados de acordo com a classificação internacional para a segurança do doente (CISD), tendo predominância os incidentes sem danos, com 626 (62,66). A média de idade dos pacientes que sofreram incidentes com danos foi de 52,77 anos (DP=20,01), com variação mínima de 15 e máxima de 96 anos; o tempo médio de permanência nas unidades foi de 10,09 dias (DP=10,14), variando de 0 a 70 dias. Avaliando as comorbidades pela escala de Charlson, os incidentes por falhas de comunicação foram mais frequentes (87,6%), quando comparados com os outros incidentes (p<0.0005), fato esse que pode ser parcialmente explicado, uma vez que pacientes com maior número de comorbidades necessitam de cuidados de enfermagem intensificados, assim como maior número de medicações, maior número de solicitações de exames complementares, logo são pacientes que estão mais sujeitos a incidente em geral, destacando-se aí os de comunicação. Os incidentes sem danos estão relacionados à documentação e à comunicação verbal, e geraram 62,66% dos incidentes. As falhas de comunicação escrita estão associadas a medicações, dietas e aos processos e procedimentos clínicos, e representaram a maioria dos incidentes com danos: 24,82%. Neste estudo, todos os incidentes relacionados às falhas de comunicação foram do tipo evitáveis. A proposta de um instrumento norteador para redução de incidentes de comunicação poderá ser empregada, com o objetivo de melhorar a comunicação e aumentar a segurança dos pacientes em ambiente hospitalar, notadamente relacionados aos cuidados críticos. Quanto à origem dos incidentes de comunicação, as prescrições médicas, controles de enfermagem, as visitas médicas e de enfermagem foram fontes de identificação dos incidentes de segurança dos pacientes. Foram detectadas 152 falhas de comunicação sendo que 49,67% estão associadas à comunicação entre médico e enfermagem da UTI. Conclusão: Falhas de comunicação em UTI foram frequentes no nosso estudo. As mais comuns foram aquelas relacionadas às medicações, às dietas e aos processos e procedimentos clínicos. Todas foram do tipo evitáveis, demonstrando que o gestor pode ter papel na prevenção de incidentes de segurança do paciente ao elaborar estratégias para aprimoramento da comunicação entre os atores da UTI.
Abstract: The purpose of this study was to investigate patients’ safety incidents that may be associated with management communication failures in Intensive Care Units (ICUs) with the purpose of providing information to develop strategies to increase patient safety and improve the quality of health care. This is an empirical, retrospective study of a descriptive nature, conducted through documental, literature research and action research with a quantitative and qualitative approach to the problem. The study period was from May 25 to August 25, 2009, with a population of 202 admissions of ICU patients from a public hospital, tertiary. We identified 999 patient safety incidents and we analyzed according to the international classification for patient safety (ICPS), with predominance of no harm incidents, with 626 (62.66%), and 248 (24.82%) incidents of harm. Age of patients who have suffered harm incidents was 52.77 years (average, SD = 20.01), with minimum variation of 15 and maximum of 96 years; the average length of stay in the units was 10.09 days (SD = 10.14), ranging from 0 to 70 days. Evaluating the Charlson comorbidity scale incidents by communication failures were more frequent (87.6%) when compared with other incidents (p <0.0005). This finding, can be partially explained, since patients with more comorbidities require intensified nursing care, as well as higher number of medications, more exams requests, so are patients who are more prone to incidents in general, standing out there communication. The incidents with no harm were related to documentation and to verbal communication, generating 62.66% of incidents. Written communication failures were associated to medications, diets and clinical processes and procedures. They accounted for most incidents with harm: 24.82%. In this study, all incidents related to communication failures were of preventable type. We developed a form to be used as a check list to reduce communication incidents that can be employed to improve communication and to increase patient safety in hospitals, especially those related to critical care. The detection of communication incidents were originated at medical prescriptions, nursing controls, medical rounds and nursing care. We identified 152 communication failures, in which 49.67% were related between physicians and the ICU nursing staff. Conclusion: The most observed safety incidents due to communication failure were those related to medications, diets and clinical processes and procedures. All of them were of avoidable type, demonstrating that healthcare manager may have a role in the prevention of patient safety incidents while propose strategies to improve the communication among ICU actors.
Palavras-chave: processo de gestão
segurança do paciente
unidade de terapia intensiva
comunicação
process management
patient safety
intensive care unit
communication
Área(s) do CNPq: ADMINISTRACAO::ADMINISTRACAO DE SETORES ESPECIFICOS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Nove de Julho
Sigla da instituição: UNINOVE
Departamento: Administração
Programa: Programa de Mestrado Profissional em Administração - Gestão em Sistemas de Saúde
Citação: Quitério, Lígia Maria. Eventos adversos causados por falhas gerenciais de comunicação em unidade de terapia intensiva. 2014. 97 f. Dissertação( Programa de Mestrado Profissional em Administração - Gestão em Sistemas de Saúde) - Universidade Nove de Julho, São Paulo .
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/1126
Data de defesa: 21-Nov-2014
Aparece nas coleções:Programa de Mestrado Profissional em Administração - Gestão em Sistemas de Saúde

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Ligia Maria Quiterio.pdfLigia Maria Quiterio3,02 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.