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Tipo do documento: Tese
Título: Aspectos clínicos e biomecânicos associados à discinese escapular de indivíduos com e sem síndrome do impacto subacromial
Título(s) alternativo(s): Clinical and biomechanical aspects associated with scapular dyskinesis in individuals with and without subacromial impact syndrome
Autor: Gonçalves, Diogo Henrique Magalhães 
Primeiro orientador: Lucareli, Paulo Roberto Garcia
Primeiro membro da banca: Lucareli, Paulo Roberto Garcia
Segundo membro da banca: Gomes, Cid André Fidelis de Paula
Terceiro membro da banca: Oliveira, Anamaria Siriani de
Quarto membro da banca: Garbelotti Junior, Silvio Antônio
Resumo: Introdução: A dor no ombro é uma das principais queixas de dor na população em geral, sendo a síndrome do impacto subacromial (SIS) a condição dolorosa de maior incidência, cerca de 44% a 65% nessa população, sendo mais prevalente em mulheres jovens. A sua etiologia é considerada multifatorial, dentre as principais alterações descritas na literatura estão controle motor, fraqueza da musculatura periescapular, consequentemente podendo gerar mudanças cinemáticas na escápula e perturbação biomecânica escapulotorácica e glenoumeral, sendo a discinese escapular o principal fator de destaque. Associar a SIS com as alterações cinemáticas da escápula tem sido objeto de estudo em todo o mundo. No entanto, não se sabe ao certo o quanto essas alterações influenciam para o surgimento da SIS, embora possa haver uma relação direta entre elas, não temos subsídios na literatura para afirmar se o movimento anormal da escápula prediz essa condição ou se a intensidade da dor produz uma variabilidade nos movimentos escapulotorácicos de acordo com a função ou tarefa executada. Além disso, mesmo havendo evidência de que a alteração na atividade muscular e déficit de força nos músculos periescapulares estão presentes em indivíduos com SIS, assim como, a discinese escapular pode estar presente nesta população, não está claro se podemos considerar essas variáveis como fatores preditivos para esta condição do ombro. Objetivos: 1. Comparar a atividade eletromiográfica e força dos músculos periescapulares e do ombro durante os movimentos de flexão e abdução do braço em participantes com e sem SIS e discinese escapular divididos em grupos. Métodos: 1. Estudo transversal que avaliou a força e eletromiografia de 117 participantes divididos em grupos, 20 Sem Dor Sem Discinese (SDSD), 26 Com Dor Com Discinese (CDCD), 41 Sem Dor Com Discinese (SDCD) e 30 Com Dor Sem Discinese (DCSD) durante os movimentos de abdução e flexão do braço. Os dados de força e EMG foram analisados por meio da MANOVA, o nível de significância foi estabelecido em (P<0,05). Resultados: 1. Comparando os grupos durante os movimentos de flexão e abdução do braço nas fases de subida e descida do braço, observamos não ter havido diferença nos resultados de força dos músculos Trapézio Descendente (TD), Trapézio Transverso (TT), Trapézio Ascendente (TA), Serrátil Anterior (SA), Abdutores à 90° (ABD90°), Adutores à 90° (ADD90°), Rotadores laterais (RL) e Rotadores Mediais (RM) de ombro [F= 1.320; p>0,05; Wilk’s λ= 0.755] e EMG de Bíceps Braquial (BB), Deltóide Clavicular (DC), Deltóide Anterior (DA), Deltóide Espinal (DE), Trapézio Descendente (TD), Trapézio Transverso (TT), Trapézio Ascendente (TA) e Serrátil Anterior (SA) na abdução [F= 0.883; P>0,05; Wilk’s λ= 0.826] e flexão [F= 0.956; P>0,05; Wilk’s λ= 0.813] entre os grupos, sugerindo que a variável de força e atividade muscular não tem relação direta com a SIS e discinese escapular. A comparação dos questionários biopsicossociais entre os grupos mostrou diferença (P<0.05) para SPADI, QuickDASH, TAMPA e B-PCS indicando que esses fatores podem influenciar o comportamento biomecânico desses indivíduos. Conclusão: 1. Baseado nos achados dessa pesquisa e com as evidências encontradas na literatura, podemos sugerir que a disposição dos participantes em grupos pode ajudar a compreender melhor a condição do ombro com relação a SIS e discinese escapular. Objetivos: 2. Comparar a cinemática da escápula, úmero e tronco em participantes com e sem SIS durante a fase de subida e descida do braço nos movimentos de flexão e abdução. Métodos: 2. Estudo transversal com 117 participantes, 61 no grupo controle e 57 no grupo SIS, todos foram submetidos à avaliação cinemática tridimensional durante a execução dos movimentos de flexão e abdução do braço. Os dados cinemáticos foram análisados através da estatística de campo vetorial (vector-field), para identificar as diferenças durante todo o ciclo de movimento, os resultados foram inseridos em forma de gráficos com o Statistic Parametric Mapping (SPM). Resultados: 2. As variáveis cinemáticas apresentaram diferenças de menor rotação para cima, maior rotação interna e menor inclinação posterior da escápula, maior extensão e inclinação lateral de tronco, e maior flexão de úmero quando comparado o Grupo com Síndrome do Impacto Subacromial (GSIS) ao Grupo Controle (GC) durante o movimento de abdução na fase de subida e descida. Já no movimento de flexão do braço as diferenças cinemáticas foram de menor rotação para cima e inclinação posterior da escápula. Não houve diferença estatística (P> 0.05) para as variáveis de tronco. No úmero houve menor rotação interna, essa diferença estatística foi encontrada quando comparamos os GSIS e GC. Conclusão: 2. Essas alterações cinemáticas encontradas na escápula, úmero e tronco mostram que devemos considerar a avaliação destes segmentos em diferentes planos, a análise estatística forneceu novas informações desta avaliação, assim como outra forma de interpretarmos esses dados.
Abstract: Introduction: Shoulder pain is one of the main complaints of pain in the general population, with subacromial impact syndrome (SIS) being the most prevalent painful condition, about 44% to 65% in this population, being more prevalent in young women. Its etiology is considered multifactorial, among the main alterations described in the literature are motor control, weakness of the periescapular musculature, consequently it can generate kinematic changes in the scapula and scapulothoracic and glenohumeral biomechanical disturbance, being scapular dyskinesis the main factor. Associating the SIS with the kinematic changes of the scapula has been studied worldwide, however, it is not clear how much these changes influence the onset of SIS. Although there may be a direct relationship between them, we have no support in the literature to state whether abnormal scapular movement predicts this condition or whether pain intensity produces variability in scapulothoracic movements according to the function or task performed. In addition, even if changes in muscle activity and strength deficit in periescapular muscles are present in individuals with SIS, as well as the scapular dyskinesis can be present in this population, it is unclear if using these factors as predictors for this shoulder condition. Objectives: 1. To compare the electromyographic activity and strength of the periescapular and shoulder muscles during arm flexion and abduction movements in participants with and without SIS and scapular dyskinesis divided into subgroups. Methods: 1. Cross-sectional study evaluating the strength and electromyography of 117 participants divided into subgroups, 20 No Pain + No Scapular Dyskinesis (SDK), 26 Pain + Scapular Dyskinesis (SDK), 41 No Pain + Scapular Dyskenesis (SDK) and 30 Pain + No Scapular Dyskinesis (SDK) during arm abduction and flexion movement. Strength and EMG data were analyzed using MANOVA, the significance level was set at (P <0.05). A cross-sectional study with 117 participants, 61 in the control group and 57 in the SIS group, all underwent three-dimensional kinematic evaluation during arm flexion and abduction movements. Results: 1. Comparing groups during arm flexion and abduction movements in the arm up and down phases, there are no differences in Upper Trapezius (UT), Middle Trapezius (MT), Lower Trapezius (LT), Serratus Anterior (SA), Abductors at 90 degrees (ABD90°), Adductors at 90 degrees (ADD90°), Lateral Rotators (LR) and Medial Rotators (MR) [F = 1,320; p> 0.05; Wilk λ = 0.755] and EMG of Biceps Brachii (BB), Anterior Deltoid (AD), Middle Deltoid (MD), Posterior Deltoid (PD), Upper Trapezius (UT), Middle Trapezius (MT), Lower Trapezius (LT) and Serratus Anterior (SA) in abduction [F = 0.883; P> 0.05; Λ = 0.826] and flexion [F = 0.956; P> 0.05; Λ = 0.813] of Wilk between the groups, suggesting that the muscle strength and activity variable has no direct relationship with SIS and scapular dyskinesis. Comparison of biopsychosocial questionnaires between groups showed differences (P <0.05) for SPADI, QuickDASH, TAMPA and B-PCS indicating that these factors may influence the biomechanical behavior of these individuals. Conclusion: 1. Based on the findings of this research and the evidence found in the literature, we can suggest that the arrangement of participants in groups may help to better understand the shoulder condition regarding SIS and scapular dyskinesis. Objectives: 2. To compare the scapula, humerus and trunk kinematics in participants with and without SIS during the arm up and down phase during flexion and abduction movements. Methods: 2. A cross-sectional study with 117 participants, 61 in the control group and 57 in the SIS group, all underwent three-dimensional kinematic evaluation during arm flexion and abduction movements. The kinematic data were analyzed using the vector field, to identify the differences throughout the movement cycle. The results entered in the form of graphs with the Statistical Parametric Mapping (SPM). Results: 2. The kinematic variables showed differences of lower upward rotation, greater internal rotation and lower posterior scapular inclination, greater trunk lateral extension and inclination, and greater humerus flexion when compared to GSIS during the abduction movement in up and down phase. In the arm flexion movement, the kinematic differences were smaller upward rotation and posterior inclination of the scapula. There was no statistical difference (P> 0.05) for trunk variables. In the humerus there was less internal rotation, this statistical difference was found when comparing the Group Subacromial Impingement Syndrome (SIS) and Control Group (GC). Conclusion: 2. These kinematic changes found in the scapula, humerus and trunk show that we must consider the evaluation of these segments in different planes, the statistical analysis provided new information of this evaluation, as well as another way to interpret these data.
Palavras-chave: fisioterapia
ombro
discinese escapular
síndrome do impacto subacromial
cinemática
eletromiografia
força
biopsicossocial
physiotherapy
shoulder
scapular dyskinesis
subacromial impingement syndrome
kinematics
electromyography
strength
biopsychosocial
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Nove de Julho
Sigla da instituição: UNINOVE
Departamento: Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Citação: Gonçalves, Diogo Henrique Magalhães. Aspectos clínicos e biomecânicos associados à discinese escapular de indivíduos com e sem síndrome do impacto subacromial. 2019. 100 f. Tese( Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação) - Universidade Nove de Julho, São Paulo.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2294
Data de defesa: 18-Dez-2019
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação

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