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Tipo do documento: Dissertação
Título: Aplicação de rede neural auto-organizada na análise cinemática da marcha e sua associação com a intensidade da dor em mulheres com dor femoropatelar
Título(s) alternativo(s): Application of self-organizing neural network in kinematic analysis of gait and its association with pain intensity in women with patellar femoropatellar pain
Autor: Navarro, Gabriel Jacob 
Primeiro orientador: Lucareli, Paulo Roberto Garcia
Primeiro membro da banca: Lucareli, Paulo Roberto Garcia
Segundo membro da banca: Gomes, Cid André Fidelis de Paula
Terceiro membro da banca: Briani, Ronaldo Valdir
Resumo: Introdução: A Dor Femoropatelar (DFP) é um distúrbio musculoesquelético prevalente, particularmente entre mulheres, com uma taxa estimada de incidência de 29,2%. A DFP está associada a adaptações motoras durante a marcha, no entanto, a relação entre desvios de movimento e a intensidade da dor ainda não está totalmente compreendida. O Movement Deviation Profile (MDP) demonstrou ser uma ferramenta eficaz na identificação das diferenças cinemáticas entre mulheres com e sem DFP, oferecendo uma abordagem inovadora para simplificar dados cinemáticos complexos. A utilização do MDP para avaliar as mudanças na marcha e correlacioná-las com a intensidade da dor pode representar uma estratégia importante na reabilitação de pacientes com DFP. Objetivo: Investigar a associação entre o MDP e a intensidade da dor em mulheres com DFP durante a marcha. Métodos: Este estudo retrospectivo incluiu dados de 571 mulheres com DFP e 571 mulheres assintomáticas pareadas pela idade, ano e altura, coletados entre 2012 e 2020. As participantes com DFP relataram dor retro ou peripatelar por, no mínimo três meses, com uma intensidade mínima de 3 na Escala Visual Analógica (EVA). A marcha foi avaliada utilizando um sistema de captura de movimento Vicon de oito câmeras, com os dados processados através do modelo Plug-in Gait e do software Vicon Nexus 2.14. O MDP foi utilizado para quantificar os desvios de marcha no grupo com DFP em comparação ao grupo sem dor. A média e o intervalo de confiança da EVA foi de 6.03 (5.91 – 6.15), enquanto a média e intervalo de confiança do MDP (MDPmédio) foi de 13,17 (12.73°–13.61°). Resultados: Observou-se uma forte correlação positiva (r=0,959, p<0,001) entre a intensidade da dor e o MDPmédio, sugerindo que níveis mais elevados de dor estão associados a maiores desvios na marcha. Discussão: A dor pode alterar o movimento, e ferramentas como o MDP são cruciais para avaliar os desvios de marcha e correlacioná-los com a intensidade da dor em pacientes com DFP. Os achados sugerem que a intensidade relatada de dor associa à diferentes níveis de alterações na marcha. Essas alterações podem ser uma resposta natural do corpo a dor crônica, mas também podem contribuir para o agravamento da função e da qualidade de vida dos pacientes com DFP. A análise detalhada dos desvios de movimento, como realizada com o MDP, fornece informações importantes para o desenvolvimento de intervenções clínicas mais precisas e eficazes, visando melhorar a mobilidade e reduzir a dor. Clinicamente, a DFP envolve diversas adaptações que afetam a função motora e a qualidade de vida, tornando essencial o uso de métodos quantitativos, como o MDP, para melhor entender a magnitude dessas alterações e suas implicações. Conclusão: Este estudo destaca a importância de integrar a análise do movimento em avaliações clínicas, proporcionando uma base sólida para a implementação de estratégias terapêuticas direcionadas que possam restaurar a função e melhorar os resultados a longo prazo. O uso do MDP pode ser um diferencial significativo na personalização de tratamentos e na otimização da reabilitação, permitindo um acompanhamento mais preciso da progressão da dor e das adaptações motoras durante o tratamento da DFP.
Abstract: Introduction: Patellofemoral pain (PFP) is a prevalent musculoskeletal disorder, particularly among women, with an estimated incidence rate of 29.2%. PFP is associated with motor adaptations during gait. However, the relationship between movement deviations and pain intensity remains not fully understood. The Movement Deviation Profile (MDP) has proven to be an effective tool for identifying kinematic differences between women with and without PFP, offering an innovative approach to simplify complex kinematic data. Using the MDP to assess gait changes and correlate them with pain intensity could represent an important strategy in the rehabilitation of patients with PFP. Objective: Investigate the association between the MDP and pain intensity in women with PFP during gait. Methods: This retrospective study included data from 571 women with PFP and 571 asymptomatic women matched by age, year, and height, collected between 2012 and 2020. Participants with PFP reported retro or peripatellar pain for at least three months, with a minimum intensity of 3 on the Visual Analog Scale (VAS). Gait was assessed using eight cameras Vicon capture system, with data processed through the Plug-in Gait model and Vicon Nexus 2.14 software. The MDP was used to quantify gait deviations in the PFP group compared to the pain free group. The mean and confidence interval of the VAS was 6.03 (5.91–6.15), while the mean and confidence interval of the MDP (MDPmean) was 13.17 (12.73°–13.61°). Results: A strong positive correlation (r = 0.959, p < 0.001) was observed between pain intensity and MDPmean, suggesting that higher levels of pain are associated with greater gait deviations. Discussion: Pain can alter movement, and tools such as the MDP are crucial for assessing gait deviations and correlating them with pain intensity in patients with PFP. The findings suggest that reported pain intensity is associated with different levels of gait alterations. These changes may be a natural response to chronic pain but could also contribute to the worsening of function and quality of life in patients with PFP. Detailed analysis of movement deviations, as conducted with the MDP, provides valuable information for developing more precise and effective clinical interventions aimed at improving mobility and reducing pain. Clinically, PFP involves various adaptations that affect motor function and quality of life, emphasizing the need for quantitative methods such as the MDP to better understand the magnitude of these changes and their implications. Conclusion: This study highlights the importance of integrating movement analysis into clinical evaluations, providing a solid foundation for implementing targeted therapeutic strategies that can restore function and improve long-term outcomes. The use of the MDP can be a significant differentiator in personalizing treatments and optimizing rehabilitation, allowing for more precise monitoring of pain progression and motor adaptations during the treatment of PFP.
Palavras-chave: dor femoropatelar
movement deviation profile
marcha
patellofemoral pain
movement deviation profile
gait
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Nove de Julho
Sigla da instituição: UNINOVE
Departamento: Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Citação: Navarro, Gabriel Jacob. Aplicação de rede neural auto-organizada na análise cinemática da marcha e sua associação com a intensidade da dor em mulheres com dor femoropatelar. 2024. 49 f. Dissertação( Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação) - Universidade Nove de Julho, São Paulo.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3701
Data de defesa: 11-Dez-2024
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação

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