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Tipo do documento: Tese
Título: Retratos da vida danificada: contexto, cultura: e cotidiano na trajetória escolar de pessoas com deficiência
Título(s) alternativo(s): Portrayals of damaged life: context, culture and daily life in the school trajectory of people with disabilities
Retratos de vida dañada: contexto, cultura y cotidianidad en la trayectoria escolar de personas con discapacidad
Autor: Miguel, Carolina Mariane 
Primeiro orientador: Roggero, Rosemary
Primeiro membro da banca: Roggero, Rosemary
Segundo membro da banca: Costa, Valdelúcia Alves da
Terceiro membro da banca: Mafra, Jason Ferreira
Quarto membro da banca: Giovinazzo Júnior, Carlos Antônio
Quinto membro da banca: Vercelli, Ligia de Carvalho Abões
Resumo: Esta pesquisa versa sobre a educação inclusiva. A questão mais geral que se coloca é: em que aspectos é necessário avançar rumo a uma educação inclusiva, quando ainda se observa uma cultura estereotipada e permeada por velhos preconceitos, mesmo num contexto de décadas de avanço científico em relação a concepções educacionais, de saúde e políticas públicas, num cotidiano marcado por práticas regressivas de invisibilização para as pessoas com deficiência? Com base nessa questão, definimos o foco da pesquisa nas políticas educacionais, do ponto de vista da legislação, normas e documentos oficiais, indagando sob quais concepções elas têm se balizado. E, com base, também, na identificação dos avanços nas políticas públicas, no financiamento e na qualificação dos profissionais, quais são as questões que se colocam, ainda, como desafio para que a educação seja de fato, inclusiva e emancipatória? A principal hipótese para responder a esse conjunto de questões é a de que, ainda que haja avanços importantes nas últimas décadas, há uma prevalência cultural de estereótipos e preconceitos que mantêm estigmas sobre as pessoas com deficiência, dificultando sua efetiva inclusão na escola e na sociedade. O objetivo geral é compreender como se tem se dado a inclusão das pessoas com deficiência no ensino regular, com base nas políticas públicas educacionais que avançam ou se mantêm regredidas, no Brasil, em especial nos últimos 25 anos, levando em consideração os contextos, as culturas e os cotidianos dessas pessoas. Os objetivos específicos são: 1. Identificar a legislação vigente que define a escolarização das pessoas com deficiência numa perspectiva inclusiva; 2. analisar como as políticas educacionais impactam a vida das pessoas com deficiência, em especial a população com múltiplas vulnerabilidades, à luz da Teoria Crítica de Frankfurt; 3. Identificar o que avança e o que se mantém regredido na realidade das práticas sociais, em direção a uma educação inclusiva emancipatória. Utilizando a dialética negativa como método de análise, a pesquisa empírica envolve a narrativa da pesquisadora sobre as trajetórias escolares de 12 pessoas com deficiência, com diferentes idades, retratando vidas danificadas pela insuficiência de políticas públicas ou pela dificuldade de acesso às políticas existentes. O estudo revela que, mesmo as políticas públicas, de cariz progressista, que vinham avançando nas últimas duas décadas, na perspectiva da educação inclusiva, encontram-se alicerçadas numa sociedade capitalista neoliberal, que invisibiliza e coisifica as pessoas que não se adequam aos ditames do mercado. Revela, também que, sob a égide recente de governos conservadores, à extrema direita, volta a ganhar força o discurso segregador das instituições especializadas e das classes especiais, aspectos que fazem regredir os avanços alcançados. Considerando que a principal preocupação da escola deveria ser a promoção de uma educação humanizada e emancipatória, a pessoa com deficiência coloca a escola frente a questões que precisa enfrentar, em suas bases mais profundas, no que se refere à inclusão e em prol da superação da barbárie excludente do modelo de sociedade vigente.
Abstract: This research is about inclusive education. The more general question that arises is: in what aspects is it necessary to advance towards a inclusive education, when there is still a stereotyped culture permeated by old prejudices, even in a context of decades of scientific advance in relation to educational, health conceptions and public policies, in a daily life marked by regressive practices of invisibility for people with disabilities? Based on this question, we defined the focus of research on educational policies, from the point of view of legislation, norms and official documents, asking under which conceptions they have been limited? And, also based on the identification of advances in public policies, in financing and in the qualification of professionals, what are the questions that still pose a challenge for education to be, in fact, inclusive and emancipatory? The main hypothesis to answer this set of questions is that, although there have been important advances in the last decades, there is a cultural prevalence of stereotypes and prejudices that maintain stigmas about people with disabilities, making it difficult to effectively include them in school and in society. The general objective is to understand how the inclusion of people with disabilities in regular education has taken place, based on public educational policies that advance or remain regressed, in Brazil, especially in the last 25 years, taking into account the contexts, the cultures and the daily lives of these people. The specific objectives are: 1. Identify the current legislation that defines the schooling of people with disabilities in an inclusive perspective; 2. analyze how educational policies impact the lives of people with disabilities, especially the population with multiple vulnerabilities, in the light of Frankfurt's Critical Theory; 3. Identify what advances and what remains regressed in the reality of social practices, towards an emancipatory and inclusive education. Using negative dialectics as a method of analysis, the empirical research involves the researcher's narrative about the school trajectories of 12 people with disabilities, of different ages, portraying lives damaged by the insufficiency of public policies or by the difficulty of accessing existing policies. The study reveals that even public policies of a progressive nature, which have been advancing in the last two decades, from the perspective of inclusive education, are based on a neoliberal capitalist society, which makes invisible and objectifies people who do not adapt to the dictates of the marketplace. It also reveals that, under the recent aegis of conservative governments, on the extreme right, the segregating discourse of specialized institutions and special classes is gaining strength again, aspects that make the advances achieved regress. Considering that the main concern of the school should be the promotion of a humanized and emancipatory education, the person with disabilities puts the school in front of questions that it needs to face, in its deepest bases, with regard to inclusion and in favor of overcoming the excluding barbarism of the current model of society.
Esta investigación trata sobre la educación inclusiva. La pregunta más general que surge es: en qué aspectos es necesario avanzar hacia una educación inclusiva, cuando aún existe una cultura estereotipada permeada por viejos prejuicios, mismo en un contexto de décadas de avance científico en relación a las concepciones educativas, conceptos de salud y políticas públicas, en un cotidiano marcado por prácticas regresivas de invisibilidad para las personas con discapacidad? A partir de esta interrogante, definimos el foco de investigación de las políticas educativas, desde el punto de vista de la legislación, las normas y los documentos oficiales, preguntándonos ¿bajo qué concepciones se han limitado? Y, con base también a partir de la identificación de avances en políticas públicas, en financiamiento y en la calificación de profesionales, ¿cuáles son los interrogantes que aún se plantean como desafío para que la educación sea, de hecho, inclusiva y emancipadora? La principal hipótesis para responder a este conjunto de interrogantes es que, si bien ha habido avances importantes en las últimas décadas, existe un predominio cultural de estereotipos y prejuicios que mantienen estigmas sobre las personas con discapacidad, lo que dificulta su inclusión efectiva en la escuela y en sociedad. El objetivo general es comprender cómo se ha producido la inclusión de personas con discapacidad en la educación regular, a partir de políticas públicas educacionales que avanzan o permanecen retrocedidas, en Brasil, especialmente en los últimos 25 años, teniendo en cuenta los contextos, las culturas y la vida cotidiana de estas personas. Los objetivos específicos son: 1. Identificar la legislación vigente que define la escolarización de las personas con discapacidad en una perspectiva inclusiva; 2. analizar cómo las políticas educacionales impactan en la vida de las personas con discapacidad, especialmente la población con múltiples vulnerabilidades, a la luz de la Teoría Crítica de Frankfurt; 3. Identificar qué avanza y qué permanece retrocedido en la realidad de las prácticas sociales, hacia una educación inclusiva emancipadora. Utilizando la dialéctica negativa como método de análisis, la investigación empírica involucra la narrativa de la investigadora sobre las trayectorias escolares de 12 personas con discapacidad, con diferentes edades, retratando vidas dañadas por la insuficiencia de las políticas públicas o por la dificultad de acceder a las políticas existentes. El estudio revela que incluso las políticas públicas de carácter progresista, que han venido avanzando en las últimas dos décadas, desde la perspectiva de la educación inclusiva, se basan en una sociedad capitalista neoliberal, que invisibiliza y cosifica a las personas que no se adaptan a los dictados del Mercado. También revela que, bajo la égida reciente de gobiernos conservadores, de extrema derecha, vuelve a recuperar fuerza el discurso segregador de instituciones especializadas y clases especiales, aspectos que hacen retroceder los avances alcanzados. Considerando que la principal preocupación de la escuela debe ser la promoción de una educación humanizada y emancipadora, la persona con discapacidad sitúa la escuela frente a las problemáticas que debe afrontar, en sus bases más profundas, en pro de la inclusión y a favor de la superación de la barbarie excluyente del actual modelo de sociedad.
Palavras-chave: educação inclusiva
políticas educacionais
trajetórias escolares de pessoas com deficiência
teoria crítica
inclusive education
educational policies
school trajectories of people with disabilities
critical theory
educación inclusiva
políticas educacionales
trayectorias escolares de personas con discapacidad
teoría crítica
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Nove de Julho
Sigla da instituição: UNINOVE
Departamento: Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: Miguel, Carolina Mariane. Retratos da vida danificada: contexto, cultura: e cotidiano na trajetória escolar de pessoas com deficiência. 2022. 192 f. Tese( Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Nove de Julho, São Paulo.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3065
Data de defesa: 31-Ago-2022
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Educação

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