Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3440
Tipo do documento: Tese
Título: Solução de conflitos empresariais: uma nova perspectiva
Título(s) alternativo(s): Business conflict resolution: a new perspective
Autor: Lagrasta, Valeria Ferioli 
Primeiro orientador: Nalini, José Renato
Primeiro membro da banca: Nalini, José Renato
Segundo membro da banca: Marques, Samantha Ribeiro Meyer-Pflug
Terceiro membro da banca: Benacchio, Marcelo
Quarto membro da banca: Sadek, Maria Tereza Aina
Resumo: A tese tem por objeto e como pano de fundo a análise e reflexão sobre a existência de técnicas ou formas de resolver conflitos típicas de comunidades fechadas (como as universitárias do estado de São Paulo), e muitas vezes, minoritárias e marginalizadas (rurais do estado de Roraima e ribeirinhas do estado de Rondônia), e como pode se dar sua aplicação à empresa. A metodologia é qualitativa indutiva, com base em estudos de caso, a partir do diagnóstico das comunidades investigadas e de indicadores subjetivos (declaratórios), com a utilização de entrevistas abertas (roteiro). A hipótese de partida é a de que, diante da dimensão continental de nosso país, existem técnicas ou formas de solução de conflitos, tipicamente locais, mais assemelhadas àquela que conhecemos como negociação, que se reconhecidas e divulgadas, podem agregar valor ao sistema de solução e conflitos, como um todo, e impactar, inclusive, na resolução daqueles ocorridos no âmbito das empresas - que nada obstante não se qualifiquem como comunidades, no sentido sociológico, por apresentarem hierarquia rígida, organizam-se como grupos de indivíduos com propósito, identidade e valores comuns -, contribuindo para a pacificação social e para a consequente redução da litigiosidade, com a atração de investimentos. No desenrolar da pesquisa, o que se conclui é que essas formas de solução de conflitos tipicamente locais ou comunitárias, apesar de se assemelharem, em alguns pontos, não se caracterizam, nem como negociação, nem como qualquer outro método de solução de conflitos, tal como definidos nas leis e objeto de estudo na academia, apresentando método singular e característico, com procedimento e técnicas próprias. Inicia-se o trabalho com a contextualização da empresa na modernidade e a caracterização das comunidades objeto da pesquisa, fazendo-se uma digressão sobre o conflito na empresa e a conceituação dos métodos usuais de solução, presentes em nossa legislação, com destaque para a negociação. Na sequência, adentra-se na organização das comunidades pesquisadas, e nas formas próprias e reconhecidas pelos seus integrantes para a solução de conflitos. Parte-se, então, para a reflexão de como a utilização dessas formas de resolver conflitos tipicamente locais pode contribuir para o acesso à “justiça” na conceituação mais ampla e para a consequente pacificação social; constatando-se que o significado de “justiça” para as comunidades estudadas é diverso, não se limitando à solução de conflitos, que costumam ser resolvidos no âmbito da própria comunidade por mecanismos próprios, que integram seu “sistema de justiça”, mas indo além, englobando aspectos sociais e de cidadania. Na pesquisa de campo, apresentam-se três conflitos, solucionados por meio de mecanismos peculiares das “comunidades” investigadas, que se optou por chamar, genericamente, de método coletivo dialogal de solução de conflitos, com procedimento e técnicas assemelhados aos da “negociação coletiva dialogal”, que são descritos. Ao final, conclui-se que, caracterizando-se a empresa como grupo de indivíduos com propósito, identidade e valores comuns, tal método pode se aplicar a ela, na perspectiva de sistema multiportas, sendo que seu reconhecimento e divulgação, em muito, podem contribuir para a solução de conflitos empresariais e para o desenvolvimento do sistema de solução de conflitos brasileiro como um todo, atraindo investimentos ao país; o que acaba por confirmar a hipótese levantada.
Abstract: The thesis has as its object and background the analysis and reflection on the existence of techniques or ways of resolving conflicts typical of closed communities (such as the university ones in the state of São Paulo), and often, minority and marginalized communities (rural communities in the state of Roraima and riverside population of the state of Rondonia), and how it can applied to the company. The methodology is qualitative inductive, based on case studies, from the diagnosis of the investigated communities and subjective indicators (declaratory), with the use of open interviews (script). The starting hypothesis is that, given the continental dimension of our country, there are techniques or forms of conflict resolution, typically local, more similar to what we know as negotiation, which if recognized and disclosed, can add value to the conflict resolution system, as a whole, and even impact on the resolution of those that ocurred within the companies - which nevertheless do not qualify as communities, in the sociological sense, for having a rigid hierarchy, are organized as groups of individuals with a purpose, identity and commom values - , contributing to social pacification and the consequent reduction of litigation, with the attraction of investments to the country. In the course of the research, what is concluded is that these typically local or community forms of conflict resolution, despite being similar in some points, are not characterized, neither as negotiation, nor as any other method or conflict resolution, as defined in the laws and object of study in the academy, presenting a unique and characteristic method, with its own procedure and techniques. Then, we begin to reflect on how the use of these typically local ways of resolving conflicts can contribute to access to "justice" in the broadest sense and to the consequent social pacification; noting that the meaning of "justice" for the communities studied is diverse, not limited to the solution of conflicts, which are usually solved within the community itself ny its own mechanisms, which are part of its "justice system", but going beyond, encompassing social and citizenship aspects. In the field research, three conflicts are presented, resolved through peculiar mechanisms to the "communities" investigated, which was chosen to be generically called a dialogical collective method of conflict resolution, with procedures and techniques similar to those of the "dialogical collective negotiation", which are described. In the end, it is concluded that, characterizing the company as a group of individuals with a common purpose, identity and values, such method can be applied to it, from the perspective of a multiport system, and its recognition and dissemination, in many ways, can contribute to the resolution of business disputes and to the development of the Brazilian dispute resolution system as a whole, attracting investment to the country; which ends up confirming the hypothesis raised.
Palavras-chave: solução de conflitos empresariais
comunidades fechadas e minoritárias
acesso à “justiça”
método coletivo dialogal
empresa e comunidade
business conflict resolution
gated and minority communities
access to "justice"
collective dialog method
company and community
Área(s) do CNPq: CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Nove de Julho
Sigla da instituição: UNINOVE
Departamento: Direito
Programa: Programa de Pós-Graduação em Direito
Citação: Lagrasta, Valeria Ferioli. Solução de conflitos empresariais: uma nova perspectiva. 2023. 164 f. Tese( Programa de Pós-Graduação em Direito) - Universidade Nove de Julho, São Paulo.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/3440
Data de defesa: 26-Set-2023
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Direito

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Valeria Ferioli Lagrasta.pdfValeria Ferioli Lagrasta3,06 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.